Autora: Adelma Ferreira de Souza*
Co-autores: Adriana Rodrigues de Souza Rezende**
Eonilson Antonio de Lima***
Kamila Soares de Araujo Coimbra****
Monica Alves Ribeiro*****
Samara de Almeida Barros******
O objetivo deste trabalho é estudar os saberes ambientais dos agricultores familiares através das suas práticas de trabalho agrícola e seus conhecimentos sobre as plantas existentes no assentamento e como estes conhecimentos podem contribuir para a preservação da biodiversidade e da cultura local. Nesta pesquisa está sendo utilizado o Método de Estudo de Caso e a abordagem sistêmica. As técnicas estão sendo utilizadas são entrevistas semi-estruturadas, observação direta, mapas falantes e exsicatas, (coletas de plantas), bem como, o uso de máquina fotográfica e gravador. Os resultados, ainda parciais, permitiram identificar 119 espécies de plantas nos diferentes ambientes (mata, pasto, quintais e terreiros), bem como, suas formas de utilização. Deste total, 54 são espécies nativas. Das 119 espécies 25% são utilizadas na alimentação, 15% para remédio e alimentação, 10% apenas para remédios, 10% para alimentação de animais silvestres, 10% são utilizadas para madeira e 30% para outros fins. Percebemos, há ainda, entre os agricultores, saberes populares sobre conhecimento dos ciclos produtivos, manejo dos sistemas de produção de plantas alimentares e medicinais. Estes conhecimentos sobre plantas e suas práticas de utilização fazem parte de habitus adquiridos por meio da sua cultura e das relações sociais existentes no assentamento e que garantem a reprodução da vida social, cultural e ambiental local. Esses agricultores familiares possuem uma racionalidade cultural diferenciada da racionalidade técnico-produtiva imposta pelo modelo de desenvolvimento para o campo com foco na monocultura. Apesar de neste assentamento a produção mais importante ser a pecuária para venda do leite, 80% dos agricultores familiares praticam a policultura como: criação de pequenos animais (galinha, porco, pato etc...), apicultura, hortas caseiras, plantações tradicionais de milho, feijão e mandioca. Hoje, estão vivendo um processo de transição entre a produção para sobrevivência e inserção no mercado de leite, para isso, implantaram a Cooperativa de Produção e Comercialização dos Agricultores Familiares de Pequizeiro e Região. Assim, poderão eliminar os atravessadores e aumentar a renda familiar de forma justa e solidária.
Palavras-chave: Agricultores familiares. Etnoconhecimento. Biodiversidade e Globalização.
(Resumo apresentado no I Simpósio do Nurba - 25 a 27 setembro de 2008)
*Formada em Ciências Sociais - FFBS, Mestranda em Ciências do Ambiente - UFAM, Professora de Sociologia e Antropologia da Faculdade de Ensino Superior de Colinas e Pesquisadora do ObNorte- Observatório de Assentamentos Humanos do Norte do Tocantins. adelma.souza@bol.com.br
**Graduanda em Serviço Social pela Faculdade Integrada de Ensino Superior de Colinas - FIESC .
***Professor de Historia da Rede Estadual de Ensino.
****Graduanda em Historia pela Faculdade Integrada de Ensino Superior de Colinas-FIESC
*****Graduanda em Historia pela Faculdade Integrada de Ensino Superior de Colinas-FIESC
******Graduanda em Historia pela Faculdade Integrada de Ensino Superior de Colinas-FIESC
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário