Por Lia Gonçalves
Da página do MST
Os movimentos sociais do Tocantins farão dois atos políticos no dia 17 em contraponto a reintegração da área ocupada por 1 mil famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o acampamento Sebastião Bezerra. A primeira ação será às 14 horas, na entrega do recurso da liminar da reintegração no Tribunal de Justiça, em Palmas. O segundo ato, também na terça-feira, será às 18 horas, no acampamento que fica na TO-050, entre Palmas e Porto Nacional.
Os acampados que já estão na área a quase um ano, já foram cadastrados pelo Incra e aguardam serem atendidos pelo programa da Reforma Agrária do governo federal. As famílias receberam a reintegração no dia 4, tendo 15 dias para deixar a área. O juiz Adhemar Chufálo Filho, da Comarca de Porto Nacional, decidiu em caráter liminar ainda em 2011. A reintegração foi solicitada pelo governo do Estado, que alegou como motivo a degradação ambiental do local. Porém, as famílias, negam a degradação e estão assustadas com a determinação da Justiça e temem pela própria segurança, com medo de que se repita um despejo violento como em Pinheirinho (região de São José dos Campos, SP) no começo deste ano.
Histórico
Cerca de 300 famílias do MST e MAB ocuparam a fazenda Dom Augusto, no quilômetro 25 da TO-050, no dia 21 de abril de 2011. O proprietário da fazenda é Alcides Rabeschini, que, conforme denúncias, não tem toda a documentação da área, dos 3 mil hectares da terra, apenas 1.200 seriam titulados. Ele também está na lista suja do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por prática de trabalho escravo, em 2005 100 trabalhadores foram encontrados na propriedade.
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