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Faleceu no sábado, 13, em seu apartamento de Copacabana, no Rio de Janeiro, aos
83 anos, a geógrafa Bertha Koiffmann Becker, uma das mais destacadas
cientistas brasileiras. Membro da Academia Brasileira de Ciência,
professora emérita da Universidade Federal de Rio de Janeiro e agraciada
com doutorado honoris causa e outras homenagens em muitos dos
principais centros acadêmicos do mundo, Bertha Becker é referência por
seus aprofundados estudos sobre Amazônia, com inúmeros livros e
publicações.
A geógrafa estudou a fronteira móvel da agropecuária no Brasil desde a
década de 60. Começou com o crescimento da pecuária no Rio de Janeiro e
São Paulo, depois em Goiás na década de 70 e, a partir daí desenvolveu
suas pesquisas de campo principalmente na Amazônia. “As pessoas pensam
que isso é novo, mas não é, a expansão das fronteiras da pecuária na
direção da Amazônia tem 50 anos – declarou recentemente.
Bertha Becker era, desde os anos 90, membro do conselho diretor da
OSCIP Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, da qual era também
associada emérita. “Sua dedicação para a instituição era total,
profunda, como tudo o que ela fazia – comentou o diretor de políticas da
instituição e amigo pessoal da cientista, Roberto Smeraldi – Bertha foi
uma cidadã 24×7, além de uma das pessoas mais inteligentes que já
conheci na vida. Uma inteligência que a levava sempre a farejar as
mudanças antes que elas se revelassem. A sociedade brasileira recebe uma
herança ímpar e um desafio para décadas: decifrar e desdobrar o
patrimônio de sabedoria que ela construiu.”
Confira entrevista com Bertha.
14 julho, 2013
08 março, 2013
Apreensão no campo tocantinense: atrocidades da família Abreu
Neste
8 de Março de 2013 as mulheres camponesas organizadas na VIA
CAMPESINA dos estados do Maranhão, Pará e Tocantins ocuparam a
fazenda da senadora Kátia Abreu (PSD) no municipio de Aliança do
Tocantins, como ações estratégicas da luta pela reforma agrária
na Amazônia e da luta contra as atividades do agronegócio na
região. Tendo em vista que a referida senadora é a representante
mor do capitalimo selvagem na agricultura brasileira, essa ação foi
mais que necessária para instituir um processo de visibilidade e
tomada de posição deante das politicas do estado que estão na
contra mão das verdadeiras realidades do campo brasileiro. O texto
de DOM TOMÁS BALDUINO* nos explicita quem é essa mulher
.
“Eis
o quadro: o pequeno agricultor Juarez Vieira foi despejado de sua
terra, em 2002, no município tocantinense de Campos Lindos, por 15
policiais em manutenção de posse acionada por Kátia Abreu. Juarez
desfilou, sob a mira dos militares, com sua mulher e seus dez filhos,
em direção à periferia de alguma cidade.O caso acima não é
isolado. O governador Siqueira Campos decretou de “utilidade
pública”, em 1996, uma área de 105 mil hectares em Campos Lindos.
Logo em 1999, uns fazendeiros foram aí contemplados com áreas de
1,2 mil hectares, por R$ 8 o hectare. A lista dos felizardos fora
preparada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do
Tocantins, presidida por Kátia Abreu (PSD-TO), então deputada
federal pelo ex-PFL.O irmão dela Luiz Alfredo Abreu conseguiu uma
área do mesmo tamanho. Emiliano Botelho, presidente da Companhia de
Promoção Agrícola, ficou com 1,7 mil hectares. Juarez não foi o
único injustiçado. Do outro lado da cerca, ficaram várias famílias
expulsas das terras por elas ocupadas e trabalhadas havia 40 anos.
Uma descarada grilagem! Campos Lindos, antes realmente lindos,
viraram uma triste monocultura de soja, com total destruição do
cerrado para o enriquecimento de uma pequena minoria. No Mapa da
Pobreza e Desigualdade divulgado em 2007, o município apareceu como
o mais pobre do país. Segundo o IBGE, 84% da população viviam na
pobreza, dos quais 62,4% em estado de indigência. Outro irmão da
senadora Kátia Abreu, André Luiz Abreu, teve sua empresa envolvida
na exploração de trabalho escravo. A Superintendência Regional de
Trabalho e Emprego do Tocantins libertou, em áreas de eucaliptais e
carvoarias de propriedade dele, 56 pessoas vivendo em condições
degradantes, no trabalho exaustivo e na servidão por dívida. Com os
povos indígenas do Brasil, Kátia Abreu, senadora pelo Estado do
Tocantins e presidente da Confederação Nacional da Agricultura
(CNA), tem tido uma raivosa e nefasta atuação. Com efeito, ela vem
agindo junto ao governo federal para garantir que as condicionantes
impostas pelo Supremo no julgamento da demarcação da área indígena
Raposa Serra do Sol sejam estendidas, de qualquer forma, aos demais
procedimentos demarcatórios. Com a bancada ruralista, ela pressionou
a Advocacia-Geral da União (AGU), especialmente o ministro Luís
Inácio Adams. Prova disso foi a audiência na AGU, em novembro de
2011, na qual entregou, ao lado do senador Waldemir Moka (PMDB-MS),
documento propondo a criação de norma sobre a demarcação de
terras indígenas em todo o país. O ministro Luís Adams se deixou
levar e assinou a desastrosa portaria nº 303, de 16/7/12. Kátia
Abreu, ao tomar conhecimento desse ato, desabafou exultante: “Com a
nova portaria, o ministro Luís Adams mostrou sensibilidade e elevou
o campo brasileiro a um novo patamar de segurança jurídica”. Até
mesmo com relação à terra de posse imemorial do povo xavante de
Marãiwatsèdè, ao norte do Mato Grosso, que ganhou em todas as
instâncias do Judiciário o reconhecimento de que são terras
indígenas, Kátia Abreu assinou nota, como presidente da CNA,
xingando os índios de “invasores”. Concluindo, as lideranças
camponesas e indígenas estão muito apreensivas com o estranho poder
econômico, político, classista, concentracionista e cruel detido
por essa mulher que, segundo dizem, está para ser ministra de Dilma
Rousseff. E se perguntam: “Não é isso o Poder do Mal?” No
Evangelho, Jesus ensinou aos discípulos a enfrentar o Poder do Mal,
recomendando-lhes: “Esta espécie de Poder só se enfrenta pela
oração e pelo jejum” (Cf. Mt 17,21).”*PAULO BALDUINO DE SOUSA
DÉCIO, o Dom Tomás Balduino, 90, Mestre em Teologia, é Bispo
Emérito da Cidade de Goiás e Conselheiro permanente da Comissão
Pastoral da Terra
Comentários: O Núcleo de Estudos Urbanos Regionais e Agrários da UFT apoiamos a
lutas das companheiras Sem Terra e queremos urgentemente
fazer nossa as palavras de Dom Tomás Balduino sobre a atuação
e o discurso dessa paladina do capitalismo agrícola a
sra. Kátia Abreu e colocarmos vigília embandeiradas, e uma
grande pedra nos seus próximos caminhos eleitorais no estado. O povo
tocantinense,os trabalhadores do tocantins especialmente os
camponeses devem denunciar nos quatros cantos do estados
suas nefastas ações politicas contra o povo brasileiro. ( LIRA 2013
)
06 fevereiro, 2013
NOTA
DE PESAR
Os movimento Sociais
do Campo do Estado do Tocantins estão em luto pela a tragédia
inaceitável ocorrida no acampamento Sebastião Bezerra, situado às
margens da rodovia TO-050, no município de Porto Nacional-TO,
próximo ao córrego chupé, que ceifou a vida do companheiro
Benedito de Sousa Lima, um camponês que lutava incansavelmente com
objetivo de conquistar um pedaço de terra e ao mesmo tempo fugir da
estressante correria da cidade, o mesmo deixa a esposa, quatro filhos
e netos.
Como movimento
social, queremos levar um abraço solidário a todos familiares e
amigos. Se é que possamos fazer alguma coisa para aliviar vossas
dores. E que esta tragédia, sirva pelo menos para que o governo
tomem medidas para assenta as famílias acampadas no estado do
Tocantins.
Profundamente
consternados.
Secretaria Estadual
do
Movimento
dos trabalhadores rurais sem terra-MST
Tocantins, 04 de fevereiro de 2013.
APOIO
INSTITUCIONAL
O
Núcleo de Estudos Urbanos Regionais e Agrários-NURBA/UFT em nome do
seu coordenador o Prof. Dr. Elizeu Ribeiro Lira, apoia esta triste
nota de pesar pela morte trágica do camponês Benedito
de Sousa Lima do
acampamento de sem terra Sebastião Bezerra, situado às margens da
rodovia TO-050, no município de Porto Nacional-TO. Benedito de Sousa
Lima era um velho camponês que foi expulso do campo, ainda jovem,
pelo latifúndio grileiros e pistoleiros uma tríade que sempre
espalhou a violência contra os camponeses nos sertões da Amazônia legal, e agora numa luta incansável ele se preparava para retornar a
terra, já cansado da vida louca da cidade, da vida injusta da
periferia de Palmas, procurava conquistar um pedaço de terra para;
viver em paz com sua família para reconstruir sua vida camponesa e seu
amor pela terra;para poder de forma sertaneja adorar seus santos
fazer suas festas e comemorar a fartura da produção comunitária
Porém numa manhã chuvosa do mês de fevereiro um motorista louco no
estado leviatã de direção perigosa, tirou a vida de um ser humano
e de certa forma manchou de sangue inocente a bandeira do MST
hasteada bem alta na margem da TO-050. A amazônia esta de luto pela
morte de mais um camponês brasileiro. (LIRA,Fev.2013)
30 janeiro, 2013
APREENSÃO
NO CAMPO
DOM TOMÁS
BALDUINO*
23/01/13
23/01/13
Eis o
quadro: o pequeno agricultor Juarez Vieira foi despejado de sua
terra, em 2002, no município tocantinense de Campos Lindos, por 15
policiais em manutenção de posse acionada por Kátia Abreu. Juarez
desfilou, sob a mira dos militares, com sua mulher e seus dez filhos,
em direção à periferia de alguma cidade.O caso acima não é
isolado. O governador Siqueira Campos decretou de “utilidade
pública”, em 1996, uma área de 105 mil hectares em Campos Lindos.
Logo em 1999, uns fazendeiros foram aí contemplados com áreas de
1,2 mil hectares, por R$ 8 o hectare. A lista dos felizardos fora
preparada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do
Tocantins, presidida por Kátia Abreu (PSD-TO), então deputada
federal pelo ex-PFL.O irmão dela Luiz Alfredo Abreu conseguiu uma
área do mesmo tamanho. Emiliano Botelho, presidente da Companhia de
Promoção Agrícola, ficou com 1,7 mil hectares. Juarez não foi o
único injustiçado. Do outro lado da cerca, ficaram várias famílias
expulsas das terras por elas ocupadas e trabalhadas havia 40 anos.
Uma descarada grilagem! Campos Lindos, antes realmente lindos,
viraram uma triste monocultura de soja, com total destruição do
cerrado para o enriquecimento de uma pequena minoria. No Mapa da
Pobreza e Desigualdade divulgado em 2007, o município apareceu como
o mais pobre do país. Segundo o IBGE, 84% da população viviam na
pobreza, dos quais 62,4% em estado de indigência. Outro irmão da
senadora Kátia Abreu, André Luiz Abreu, teve sua empresa envolvida
na exploração de trabalho escravo. A Superintendência Regional de
Trabalho e Emprego do Tocantins libertou, em áreas de eucaliptais e
carvoarias de propriedade dele, 56 pessoas vivendo em condições
degradantes, no trabalho exaustivo e na servidão por dívida. Com os
povos indígenas do Brasil, Kátia Abreu, senadora pelo Estado do
Tocantins e presidente da Confederação Nacional da Agricultura
(CNA), tem tido uma raivosa e nefasta atuação. Com efeito, ela vem
agindo junto ao governo federal para garantir que as condicionantes
impostas pelo Supremo no julgamento da demarcação da área indígena
Raposa Serra do Sol sejam estendidas, de qualquer forma, aos demais
procedimentos demarcatórios. Com a bancada ruralista, ela pressionou
a Advocacia-Geral da União (AGU), especialmente o ministro Luís
Inácio Adams. Prova disso foi a audiência na AGU, em novembro de
2011, na qual entregou, ao lado do senador Waldemir Moka (PMDB-MS),
documento propondo a criação de norma sobre a demarcação de
terras indígenas em todo o país. O ministro Luís Adams se deixou
levar e assinou a desastrosa portaria nº 303, de 16/7/12. Kátia
Abreu, ao tomar conhecimento desse ato, desabafou exultante: “Com a
nova portaria, o ministro Luís Adams mostrou sensibilidade e elevou
o campo brasileiro a um novo patamar de segurança jurídica”. Até
mesmo com relação à terra de posse imemorial do povo xavante de
Marãiwatsèdè, ao norte do Mato Grosso, que ganhou em todas as
instâncias do Judiciário o reconhecimento de que são terras
indígenas, Kátia Abreu assinou nota, como presidente da CNA,
xingando os índios de “invasores”. Concluindo, as lideranças
camponesas e indígenas estão muito apreensivas com o estranho poder
econômico, político, classista, concentracionista e cruel detido
por essa mulher que, segundo dizem, está para ser ministra de Dilma
Rousseff. E se perguntam: “Não é isso o Poder do Mal?” No
Evangelho, Jesus ensinou aos discípulos a enfrentar o Poder do Mal,
recomendando-lhes: “Esta espécie de Poder só se enfrenta pela
oração e pelo jejum” (Cf. Mt 17,21).
*PAULO
BALDUINO DE SOUSA DÉCIO, o Dom Tomás Balduino, 90, Mestre em Teologia, é Bispo Emérito da Cidade de Goiás e Conselheiro
permanente da Comissão Pastoral da Terra
Comentários:
Nós da Geografia Agrária no Tocantins, Precisamos urgentemente fazer nossa as palavras de Dom Tomás Balduino sobre a atuação e o discurso dessa paladina do capitalismo agrícola a sra. Kátia Abreu e colocarmos vigília embandeiradas, e uma grande pedra nos seus próximos caminhos eleitorais no estado. O povo tocantinense,os trabalhadores do tocantins especialmente os da educação devem denunciar nos quatros cantos do estados suas nefastas ações politicas contra o povo brasileiro. ( LIRA 2013 )
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