Da agência Informação Social
A geógrafa e mestre em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Patrícia Rocha Chaves, desenvolveu um estudo sobre os impactos gerados pela Usina Hidrelétrica de Estreito nas cidades de Filadélfia, localizada no Estado do Tocantins, e Carolina, no Maranhão, os dois municípios são divididos pelo Rio Tocantins. A pesquisadora explica no seu trabalho, intitulado As relações sócio-territoriais na construção da Usina Hidrelétrica de Estreito (MA) e a (Re) produção do espaço urbano nas cidades de Carolina (MA) e Filadélfia (TO).
Patrícia Rocha afirma que os ribeirinhos da região amazônica têm enfrentado vários problemas oriundos dos impactos dos grandes projetos, tanto fundiários quanto as políticas públicas de desenvolvimento dos governos do Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o Plano Avança Brasil, e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com as metas do Plano de Aceleração do crescimento (PAC).
“Esses empreendimentos têm deixado de lado as populações ribeirinhas/camponesas e tradicionais, indígenas ou quilombolas”, excluídas do debate da construção da obra. “No caso de Estreito, até então, nada foi decidido sobre o que será feito em relação às exigências dessas populações que vem causando grandes conflitos territoriais”, aponta um trecho do trabalho.
Na dissertação, é descrito que sete territórios indígenas situam-se na bacia hidrográfica do Rio Tocantins, na qual se insere o projeto: Avá Canoeiro, Kraolândia, Funil, Xerente, Apinayé, Krikati e Mãe Maria. Mas na pesquisa, Patrícia observou que os líderes indígenas dos povos Timbira têm grandes incertezas em relação à hidrelétrica. Segundo ela, existe um impasse entre os indígenas que, por um lado, buscam negociar uma indenização junto à empresa, pelos impactos sofridos, e por outro, a empresa diz que os seus territórios não serão atingidos pelo lago. Os indígenas “tem sido completamente negligenciados tanto pelo poder público quanto pelo poder privado”, conforme trecho da dissertação.
Patrícia afirma que não apenas os indígenas encontram-se ameaçados, mas também as quebradeiras de coco babaçu, do bairro de Palmatuba em Babaçulândia-TO, que teriam todas as suas atividades produtivas extintas pela UHE de Estreito. Outra atividade que seria demasiadamente comprometida é a pesca, pois durante cinco anos ficará proibida a atividade no lago. E existem outras atividades também praticadas por eles nas quais só a existência do rio em sua atual dinâmica poderia lhes garantir , como a própria agricultura de subsistência e a utilização dos seus barcos, que servem de transporte de passageiros para as outras cidades que situam-se à margem do rio, o que lhes garante o sustento.
A pesquisado coloca em sua dissertação que pesquisar sobre hidrelétricas, dentro da geografia, não é uma discussão simples e não foi possível escolher apenas uma área da ciência geográfica e recorreu praticamente a todos os campos conceituais da geografia. Na discussão da questão ambiental, a pesquisadora optou em analisar os impactos ambientais sobre o foco da ecologia política utilizando os autores: Carlos Walter Porto-Gonçalves, Maurício Waldman, Célio Bermann e Wagner da Costa Ribeiro.
Clique aqui e confira a matéria na íntegra.
A geógrafa e mestre em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Patrícia Rocha Chaves, desenvolveu um estudo sobre os impactos gerados pela Usina Hidrelétrica de Estreito nas cidades de Filadélfia, localizada no Estado do Tocantins, e Carolina, no Maranhão, os dois municípios são divididos pelo Rio Tocantins. A pesquisadora explica no seu trabalho, intitulado As relações sócio-territoriais na construção da Usina Hidrelétrica de Estreito (MA) e a (Re) produção do espaço urbano nas cidades de Carolina (MA) e Filadélfia (TO).
Patrícia Rocha afirma que os ribeirinhos da região amazônica têm enfrentado vários problemas oriundos dos impactos dos grandes projetos, tanto fundiários quanto as políticas públicas de desenvolvimento dos governos do Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o Plano Avança Brasil, e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com as metas do Plano de Aceleração do crescimento (PAC).
“Esses empreendimentos têm deixado de lado as populações ribeirinhas/camponesas e tradicionais, indígenas ou quilombolas”, excluídas do debate da construção da obra. “No caso de Estreito, até então, nada foi decidido sobre o que será feito em relação às exigências dessas populações que vem causando grandes conflitos territoriais”, aponta um trecho do trabalho.
Na dissertação, é descrito que sete territórios indígenas situam-se na bacia hidrográfica do Rio Tocantins, na qual se insere o projeto: Avá Canoeiro, Kraolândia, Funil, Xerente, Apinayé, Krikati e Mãe Maria. Mas na pesquisa, Patrícia observou que os líderes indígenas dos povos Timbira têm grandes incertezas em relação à hidrelétrica. Segundo ela, existe um impasse entre os indígenas que, por um lado, buscam negociar uma indenização junto à empresa, pelos impactos sofridos, e por outro, a empresa diz que os seus territórios não serão atingidos pelo lago. Os indígenas “tem sido completamente negligenciados tanto pelo poder público quanto pelo poder privado”, conforme trecho da dissertação.
Patrícia afirma que não apenas os indígenas encontram-se ameaçados, mas também as quebradeiras de coco babaçu, do bairro de Palmatuba em Babaçulândia-TO, que teriam todas as suas atividades produtivas extintas pela UHE de Estreito. Outra atividade que seria demasiadamente comprometida é a pesca, pois durante cinco anos ficará proibida a atividade no lago. E existem outras atividades também praticadas por eles nas quais só a existência do rio em sua atual dinâmica poderia lhes garantir , como a própria agricultura de subsistência e a utilização dos seus barcos, que servem de transporte de passageiros para as outras cidades que situam-se à margem do rio, o que lhes garante o sustento.
A pesquisado coloca em sua dissertação que pesquisar sobre hidrelétricas, dentro da geografia, não é uma discussão simples e não foi possível escolher apenas uma área da ciência geográfica e recorreu praticamente a todos os campos conceituais da geografia. Na discussão da questão ambiental, a pesquisadora optou em analisar os impactos ambientais sobre o foco da ecologia política utilizando os autores: Carlos Walter Porto-Gonçalves, Maurício Waldman, Célio Bermann e Wagner da Costa Ribeiro.
Clique aqui e confira a matéria na íntegra.